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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

About love

Falava com a minha amiga J. sobre o gostar de alguém, não gostar, voltar a gostar e se valia a pena gostar. Gostar de alguém traz coisas boas e más como tudo na vida. Traz o companheirismo, traz o ter uma pessoa lá para tudo, a quem podemos dizer tudo o que nos vai na cabeça naquele momento sem complexos ou constrangimentos. Mas também traz as pequenas chatices e discussões. Traz as pequenas diferenças entre pessoas que do nada se tornam em grandes e inegáveis. Traz o pensar demasiado nas coisas más, traz o matutar que por vezes se torna dilacerante. O gostar traz tanta coisa boa como tanta coisa má e eu, sinceramente, não sei se as boas superam as más certos dias. Não sei se vale a pena gostar tanto se olho para um lado vejo uma das minhas melhores amigas a sofrer a mesma coisa pela segunda vez, olho para o outro vejo a minha outra melhor amiga com medo de começar a gostar. Não sei se vale a pena quando olho para mim e me lembro do que lutei para não começar a gostar desta vez. E gostei, e gosto, e já passei por tanto desde que voltei a gostar. Mas colocando o bom e o mau numa balança continuo sem saber qual pesa mais. Então ela encontrou este texto da Catarina Sanches, que veio mesmo a propósito. 

(...) ' Mas o amor não se presta a essas coisas da disponibilidade. O amor é prosa, é narrativa, é poesia. São as histórias que escrevemos a dois, e dão mesmo trabalho, e levam-nos mesmo muito tempo. Por isso, se quiseres chegar ao final da tua história e pontuá-la com um majestoso “vivemos felizes para sempre, SIM”, tens muito que escrever.' (...)

Eu quero chegar ao fim da minha história, não sei se desta que estou a viver agora ou outra qualquer, e quero gritar bem alto que vivi feliz para sempre. Eu sei que o amor e o gostar dão trabalho, que há coisas boas e coisas más, mas eu quero chegar ao fim e sentir que valeu a pena. Que as coisas boas superaram largamente as coisas más. É disto que somos feitos, foi para isto que nascemos: para gostar, para amar, para viver sem medo.

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